sábado, 11 de maio de 2013

OS REMÉDIOS DA AVÓ (cont.)


Hoje vamos continuar com os Remédios da Avó



 Emplastro de couve para tratar entorses

Para ajudar a tratar a inflamação decorrente de entorses e contusões aplica-se normalmente gelo de imediato, mas há uma mezinha antiga que consiste em aplicar, durante a noite, uma cataplasma de folhas de couve. Ana versão mais antiga passam-se as folhas com o ferro de engomar (protegido por um pano fino) ou amolecem-se ao vapor, uma forma de facilitar a libertação das suas propriedades sobre a pele. Aplica-se em contusões, cortes e feridas e também nas dores da artrite.

E funciona? Apesar de não haver estudos específicos sobre as cataplasmas de couve, sabe-se que este vegetal, como outras crucíferas, além de muito rico em vitamina C e outros minerais, produz compostos derivados do enxofre, como o sulfurafano, um fitoquímico que tem sido alvo de dezenas de pesquisas pelas suas propriedades regenerativas, anti-inflamatórias e anticancerígenas.  


Cataplasma de argila verde para a garganta
É antigo o uso da argila verde como tratamento natural, sobretudo devido à sua grande capacidade de absorção de toxinas. Para a dor de garganta aplica-se sobre a pele uma camada grossa de uma pasta de partes iguais de argila verde e água, deixando ficar durante a noite e repetindo as vezes necessárias. Durante o dia toma-se oralmente, uma colher de café de argila diluída num pouco de água ou, mais recentemente, em forma de cápsulas, (encontram-se em lojas de produtos naturais). O mesmo procedimento vale para as dores musculares e articulares.

E funciona?  A crer em várias pesquisas, a argila tem grandes capacidades de absorção de toxinas. Algumas variedades têm ainda propriedades antibacterianas assinaláveis. Um estudo publicado em 2008 na revista ‘Clays and Clay Minerals’, por exemplo, refere as propriedades terapêuticas da argila verde francesa, aplicada sobre o abdómen, na úlcera de Buruli, um tipo de úlcera causada por uma bactéria que provoca a necrose dos tecidos. Outro estudo, publicado no ‘Journal of Animal Science’, em 2011, verificou que a ingestão de argila tinha um efeito positivo em porcos infetados com a bactéria E. Coli. 


Canja de galinha para a constipação
À partida dir-se-ia que este era daqueles casos em que conta mais o conforto dado pela atenção de quem nos faz a canja, do que propriamente as propriedades deste caldo gorduroso com carne e massa ou arroz. Mas a verdade é que a tradição popular da canja de galinha para ajudar na convalescença de gripes e constipações se mantém.

E funciona? Parece que sim. Num estudo feito na clínica Monte Sinai, em Miami, em 2000, compararam-se os efeitos da canja, água quente e água fria sobre a constipação. Veredicto: a canja tinha um efeito descongestionante muito superior no que toca a dar cabo do muco nasal. A canja parece ter também a capacidade de conseguir abrandar a atividade de alguns glóbulos brancos que são os responsáveis pelos sintomas da constipação. Pelo menos foi o que sugeriu outro estudo feito pela Universidade do Nebraska. Apesar de serem ainda pouco conclusivos, parece inegável que, no mínimo, a canja ajuda a hidratar o organismo e fornece proteínas que ajudam o corpo a restabelecer-se.
Sabia que... a canja de galinha é conhecida como ‘a penicilina dos judeus’, porque já no século XII, o filósofo, médico judeu Maimónidas a prescrevia para a asma, alergias, gripes e constipações.

Fonte "Revista Activa"

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